sábado, 6 de agosto de 2011

Central de Atendimento à Mulher registra quase 2 milhões de atendimentos

 

A Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 -, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), contabiliza, desde sua criação em abril de 2006 até junho deste ano, 1.952,001 atendimentos. Desses, 434.734 registros se referem a informações sobre a Lei Maria da Penha (11.340/06), o que corresponde a 22,3% do total das ligações.  Fatores como melhorias tecnológicas, capacitação de atendentes, campanhas de divulgação e o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (que tinha como meta atingir 1 milhão de ligações neste ano) contribuíram para registrar esse número record de  atendimentos.

Tipos de violência - Durante esse período houve 237.271 relatos de violência. Desse total, 141.838 correspondem à violência física; 62.326, à violência psicológica; 23.456 à violência moral; 3.780, à violência patrimonial; 4.686, à violência sexual; 1021, ao cárcere privado; e 164, ao tráfico de mulheres. 

Balanço semestral de 2011 – De janeiro a junho, a Central de Atendimento à Mulher contabilizou 293.708 atendimentos.  No período foram registrados 30.702 relatos de violência. Desse total, 18.906 foram de violência física; 7.205, de violência psicológica; 3.310, de violência moral; 513, de violência patrimonial; 589, de violência sexual; 153, de cárcere privado; e 26, de tráfico de mulheres. Um dado relevante é que foram registradas 4.060 ligações relatando ameaças e 18.320 casos de lesão corporal leve.

Perfil - A maior parte das mulheres que entrou em contato com o Ligue 180 é parda (46%), tem entre 20 e 40 anos (64%), cursou parte ou todo o ensino fundamental (46%), convivem com o agressor há mais de dez anos (40%) e 87% das denúncias são feitas pela própria vítima. O percentual de mulheres que declaram não depender financeiramente do agressor é de 59% e, em 72% das situações, os agressores são os cônjuges das vítimas. Os números mostram que  65%  dos filhos presenciam a violência e 20% sofrem violência junto com a mãe.

Ranking nacional - Em números absolutos, São Paulo lidera o ranking com 44.499 atendimentos, seguido pela Bahia com 32.044.  Em terceiro lugar aparece Minas Gerais com 23.430 dos registros. A procura pelo Ligue 180 é espontânea e o volume de ligações não se relaciona diretamente com a incidência de crimes ou violência. A busca pelo serviço reflete um maior acesso da população a meios de comunicação, vontade de se manifestar acerca do fenômeno da violência de gênero, fortalecimento da rede de atendimento às mulheres e empoderamento da população feminina local.  
Estados
Posição por Valor Absoluto 
Número de Ligações
Estados
Posição por
Valor Absoluto
Número de Ligações
SP
1
44.499
SE
15
4.571
BA
2
32.044
AL
16
4.527
MG
3
23.430
PB
17
4.027
RJ
4
20.292
RN
18
3.946
PA
5
16.143
SC
19
3.064
PR
6
11.638
MS
20
2.455
PE
7
10.752
MT
21
2.016
MA
8
10.227
TO
22
1.688
RS
9
8.745
AM
23
1.383
GO
10
7.220
RO
24
1.148
CE
11
6.280
AP
25
640
PI
12
6.271
AC
26
573
DF
13
5.625
RR
27
315
ES
14
5.018




População feminina - Quando considerada a quantidade de atendimentos relativos à população feminina de cada estado este ano houve uma mudança, pela primeira vez a Bahia é a unidade da federação que mais entrou em contato com a Central, com 224,36  atendimentos para cada 50 mil mulheres. Em segundo lugar está Sergipe com 215,1 em terceiro, o Pará com 214,52 e o DF aparece em quarto lugar com 210,28 registros. 
UF
Ranking
Ligações a cada 50.000 mulheres
UF
População Feminina
Ligações a cada 50.000 mulheres
BA
1
224,36
PR
15
109,56
SE
2
215,1
SP
16
105,05
PA
3
214,52
PB
17
103,68
DF
4
210,28
MS
18
99,87
PI
5
197,2
AP
19
95,8
MA
6
156,92
RS
20
79,65
AL
7
140,72
AC
21
78,6
ES
8
140,71
RO
22
74,83
TO
9
123,93
CE
23
72,52
RN
10
121,86
RR
24
71,26
RJ
11
121, 26
MT
25
67,87
GO
12
119, 43
SC
26
48,64
PE
13
117,73
AM
27
39,98
MG
14
117,68





Dados do Conselho Nacional de Justiça, de julho de 2010, divulgados em março deste ano revelam que, desde a vigência da Lei Maria da Penha, 331.796 processos foram distribuídos. Desses, 110.998 foram sentenciados. Foram decretadas 1.577 prisões preventivas, 9.715 prisões em flagrante e 120.99 audiências designadas. Dos procedimentos: 93.194 medidas protetivas, 52.244 inquéritos policiais e 18.769 ações penais.

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