quinta-feira, 12 de março de 2015

Movimento de Mulheres entrega Diploma "Mulher Cidadã" para a Profª Dra. Rosemeri Moreira

Aconteceu na noite de ontem (11), na Câmara Municipal de Guarapuava, a Sessão Solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher e a entrega do Diploma Mulher Cidadã. O Diploma Mulher Cidadã foi instituído através do Projeto 02/2002, de autoria das vereadoras Maria José Mandu Ribeiro Ribas e Maria Magdalena Nerone. A entrega do Diploma acontece desde 2003. Este ano, 15 mulheres foram agraciadas com a honraria.
Eliane Santos entregando o Diploma "Mulher Cidadã"
O Movimento de Mulheres da Primavera indicou a Profª Dra. Rosemeri Moreira por ser uma feminista comprometida e engajada com os movimentos sociais e manifestações populares.
Conheça um pouco de sua trajetória:
Rosemeri Moreira é mãe de uma filha, Carolina Teles, e de um filho,Vitor Teles Moreira . Nascida em Turvo sempre valorizou a educação vinda de casa, em especial da sua mãe Anair Guedes Moreira. Em algumas palestras ela sempre fala que antes de ser doutora, ela é filha da D. Anair, mulher forte e guerreira que vive no interior, educou 5 filhas e 2 filhos e os ensinou a serem protagonistas das suas vidas.
(continua)

quarta-feira, 4 de março de 2015

12ª Romaria da Mulher acontece neste domingo

Evento vai abordar sobre as lutas pela educação pública no Paraná

No dia internacional da mulher, domingo (8), o Movimento de Mulheres da Primavera promove a 12ª Romaria da Mulher com o tema “Nenhum direito a menos: na caminhada com o povo de Deus”. A Romaria inicia às 8h com café da manhã em frente ao Colégio Leni Marlene Jacob, Bairro Primavera.
“Iniciaremos a caminhada em frente ao Colégio porque queremos apoiar a luta dos professores, estudantes e funcionários pela educação pública no Paraná. Muitas mães e pais participam da Romaria e queremos que eles compreendam a luta pela educação”, explica a presidenta do Movimento, Rosiane Silva.

Todo ano a romaria aborda um tema social que está ligado com as necessidades, anseios e lutas do povo, por isso a 12ª edição aborda a crise de direitos e a crise da educação pública no Paraná devido às mudanças propostas pelo Governo do Estado. A metodologia do evento se dá por meio da denúncia e do anúncio. Denuncia-se os desmandos do governo estadual e anuncia-se a necessidade  de uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político para mudar as regras do atual sistema que ainda tem muitos compromissos com financiadores de campanha e poucos com a população.
“Nossa Romaria é uma manifestação e ao mesmo tempo é uma celebração. Cantamos, fazemos teatros, rezamos e lutamos pelos direitos do povo de Deus. Estamos juntos na caminhada com esse povo pela permanência dos direitos conquistados e por avanços na educação pública”, finaliza a presidenta.
A Romaria segue em caminhada até a Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Para participar não é necessário fazer inscrição prévia.

Desenho e tema da 12ª Romaria da Mulher
Este ano a Romaria aborda um tema que está afetando a vida de vários paranaenses: O corte de verbas e o ataque a direitos conquistados dos trabalhadores do Estado do Paraná.
      Foi preciso muitos protestos, greves, negociações, resistência e luta de professores, alunos, trabalhadores da saúde, do transporte e de vários outros setores para termos os direitos trabalhistas atuais. Com a justificativa de medidas de contenção de gastos o governo do Paraná vem tomando uma série de medidas:
    •Aumento em 40% nos impostos como IPVA e ICMS; •Taxação/cobrança dos aposentados; •Fechamento de turmas e escolas; • Atraso no pagamento de professores;• Demissão de mais de 30 mil professores e funcionários como merendeiras e serventes; • Corte das verbas que sustentam a UNICENTRO e outras universidades estaduais; • Falta de repasse das verbas para compra de merenda, pagamentos de luz e água nos prédios estaduais. Além da tentativa de subtrair R$ 8 bilhões de reais da previdência dos servidores estaduais.
    Com essas medidas não há meios de qualquer escola ou universidade estadual funcionar. É como se não tivéssemos condições de sustentar a nossa própria casa! Todos são afetados por esse DESgoverno que não dá valor à educação e impossibilita qualquer chance de nós trabalhadores buscarmos uma vida mais digna para nós e nossos filhos.

     Por isso, esse ano estamos tod@s junt@s pedindo, orando e lutando por: NENHUM DIRETO A MENOS! Assim o desenho escolhido para essa Romaria tem o mapa do Estado do Paraná em um de seus extremos sendo rasgado ao meio pelas mãos dos representantes eleitos com o nosso voto e que apoiam as medidas trazidas pelo Governador Beto Richa. E em outro extremo vemos pessoas que com muita luta tentam construir nosso Paraná, representando nós, que a cada dia, com nosso suor e trabalho somos @s verdadeir@s construtores da nossa terra.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

VIOLÊNCIA DE GÊNERO NO AMBIENTE DOMÉSTICO

Kety C. De March

Ter um companheiro para a vida tornou-se uma obrigatoriedade social para a felicidade feminina. A plena realização de muitas mulheres foi construída em torno da capacidade das mesmas de adquirirem um marido. O medo era serem conhecidas pelo estigma de solteironas. Desde crianças essas mulheres foram educadas a serem boas esposas e melhores mães, a cuidarem com afinco dos afazeres domésticos e da alimentação familiar. Modelos de comportamento lhes foram ensinados também em relação ao espaço público, ao tipo de conversa que poderia ser empreendida e com quem poderiam conversar e, assim, eram escolhidas para elas também as companhias consideradas adequadas.  Ao corpo feminino foram impostas proibições: ele não poderia ser mostrado e deveria ser sempre atraente apenas ao marido. Essa atração era garantida a partir de padrões de beleza impostos pela mídia e pela sociedade de consumo.
Após o casamento, união estável, ou mesmo antes disso, nas relações amorosas construídas com homens em quem acreditavam poder confiar, muitas dessas mulheres passam a vivenciar experiências que em nada lhes lembram os contos de fadas que ouviam na infância em que príncipes as tomavam em seus braços e viviam felizes para sempre. O ambiente doméstico, pela privacidade que permite, muitas vezes se torna o espaço do pesadelo. Ali mulheres são submetidas às mais variadas formas de violência por parte de quem deveria ser seu companheiro. Muitas delas sofrem violência física, mas, por desconhecimento da lei, por medo de retaliações ou por considerar que não haja uma forma de proteção segura, permanecem no convívio com o agressor. Algumas delas não resistem às agressões sendo mortas pelo companheiro. Outras nem mesmo conseguem identificar que são vítimas de alguma forma de violência. São mulheres que cotidianamente são humilhadas pelos companheiros, obrigadas a manter relações sexuais e desprovidas de direitos sobre os bens do casal. Sofrem, portanto, violência psicológica, sexual e financeira.